sábado, 12 de outubro de 2013

Fast View: Gravidade (2013)

Acredito que seja a primeira vez que saio do cinema cansado, com dores musculares, falta de ar e pernas bambas. Precisei reaprender, por um curto momento, como é a gravidade fora da sala de cinema. A agonia, tensão, nervosismo e pânico, são alguns dos sentimentos presentes ao assistir Gravidade. Esses sentimentos foram mais intensos nos trailers devido a um primeiro contato. Ao assistir na telona eles se repetiram, não tão intensamente quanto no primeiro contato, mas funcionaram e causaram o estado que me encontrava ao sair da sessão.

A jornada da personagem é absurda, mas consigo imaginar um programa de jornal narrando a história como se fosse verídica. Sem treinamento (e talvez até com treinamento) entraria em pânico em várias situações e provavelmente não sobreviveria. É preciso muito sangue frio para passar por tudo que Ryan passou.

O filme conta também com alívios cômicos, por parte do galã espaçial Matt Kowalski (George Clooney), que por uma fração de segundos nos fazem esquecer a grandiosidade da situação que os personagens se encontram. A sutileza nos planos-sequência são deliciosas de assistir. A trilha sonora marca muito bem os eventos catástrofe e os momentos de pânico. Mas o mais belo é o silêncio. Vou ~cagar~ uma regra... Gravidade deve ser assistido em silêncio. Se for ao cinema recomendo que vá numa sessão de horário impopular. Barulhos de embalagens ou pipoca podem atrapalhar dependendo do momento.

Um filme com um visual espetacular, com diálogos não tão atrativos, mas com uma interpretação admirável de Sandra Bullock. Imaginar como essa obra foi filmada e produzida é um exercício engrandecedor. Uma experiência fantástica. Uma obra inspiradora.

P.S.: "Don't let go" me rachou no meio.