Não foi tão ruim quanto eu achava que seria. A história segue bem até certo ponto, mas depois que Will atinge Brightswood a ambição das ideias é tanta que abre espaço para diversos questionamentos e percepção de potenciais incoerências. Quando Will chega no ponto de controlar a matéria eu o vi como Deus. Onisciente, onipresente, onipotente. E por vê-lo assim cogitei que ele perdeu sua natureza humana, seu emocional, tornando-se completamente racional. E é isso o que Hollywood sempre prega para seus personagens muito inteligentes.
Mas isso provou-se errado. Durante todo o filme os humanos cogitaram que o Will que eles conheciam não era o mesmo que a inteligência artificial, por isso agiram como agiram. Mas se Will tivesse sido claro como foi com sua mulher no leito de morte, creio que nada daquela confusão e sacrifício teria ocorrido. Pra mim, aí mora uma incoerência. Em grande parte do tempo ele pareceu muito manipulador, daí o medo e o incômodo de quem não compartilha do mesmo poder. Hoje não temos esse tipo de poder acessível, palpável, visível... Talvez por isso não nos unimos em nome de um bem comum.