De forma despretensiosa e achando que ia assistir a apenas mais um romance, fui conferir Once (2006), recomendado por uma amiga. Vale mencionar que nunca fui fã de romances, mas venho notando que ao passar do tempo tenho me aberto mais ao gênero. Felizmente, esse comportamento vem me proporcionando ótimas experiências. Experiências essas que são muito pessoais, e que contá-las a você, leitor, me deixam um pouco desconfortável.
Como não sou amigo dos potenciais leitores deste mundo, escrever como se estivesse escrevendo para um amigo não é, ao meu ver, um comportamento muito inteligente. Então, vou falar de mim, com moderação, afinal, não tem como falar de um filme como Once, que tem como centro os sentimentos, sem falar sobre o que senti. Sendo assim...
Como não sou amigo dos potenciais leitores deste mundo, escrever como se estivesse escrevendo para um amigo não é, ao meu ver, um comportamento muito inteligente. Então, vou falar de mim, com moderação, afinal, não tem como falar de um filme como Once, que tem como centro os sentimentos, sem falar sobre o que senti. Sendo assim...
Once conta a história de um cara (Guy) e de uma garota (girl). Esse cara, que foi traído pela esposa, volta a morar com o pai, e o ajuda a consertar aspiradores de pó. Nos seus momentos onde não está com o pai, ele faz performances na rua tocando músicas conhecidas para ganhar um trocado e aumentar a renda e ir atrás de seus objetivos.
Em um belo dia (sim, vou usar um clichê), uma garota vê o cara cantar de forma visceral e se encanta pela letra e melodia. Nessa cena o filme começa a me ganhar. Ao final da música eles interagem. A partir daí a relação entre os dois começa a se desenvolver e gera belos frutos musicais.
O primeiro fruto é a canção Falling Slowly (canção que ganhou o Oscar (2008) de melhor canção original). Ambos estão em uma loja de instrumentos musicais, onde a garota, em seu intervalo de almoço, vai para tocar piano. Falling Slowly me ganhou. É tão sentimental e tão bem executada que, pra mim, é impossível não reagir! O corpo se arrepia todo e os olhos se enchem de lágrimas. É... Isso me diz que a ficção, seja em filmes ou seriados, está destruindo meu lado gelado, e não é de hoje.
A história do filme é simples. O cara ainda ama a pessoa que o traiu com outra pessoa, e a garota ainda tem sentimentos frustrados sobre o marido. Esses sentimentos, transformados em música, ganham um impacto absurdo. A melodia é muito sentimental. Dor, tristeza, paixão. O filme é um grande clipe musical. Uma grande e bela trilha sonora. A história se desenvolve bem e é agradável de acompanhar.
Com uma fotografia simples e crua para os padrões da grande indústria de Hollywood, os sentimentos ficam mais próximos da realidade. Com a história simples, o grande trunfo do filme são as músicas compostas em parceria por Glen Hansard (Guy) e Markéta Irglová (Girl). As músicas foram a base para o desenvolvimento da história escrita e dirigida por John Carney. Vale mencionar que houve momentos onde não prestava atenção na letra e apenas ouvia/sentia a melodia. Com letra ou não, a emoção passada é muito grande. Esse é o poder de uma boa melodia.
Mesmo não tem tendo o fator identificação, eu gostei muito da forma como os sentimentos foram passados através da música. É simples, não tem nada de complexo, é tudo muito humano e vivo. É emocionante. Vai ser difícil ouvir a trilha sonora e não lacrimejar. Pra não falar: chorar igual a uma garotinha no chão em posição fetal.
Acho que Once, pra mim, é pra ser visto apenas uma vez. Ou não. :)
Trailer
(está precário, mas não desanime)
(está precário, mas não desanime)
P.S.: Existe momento pra tudo, até para um filme de 2006, pois não ia assistir Once com 12 anos.
P.S.: Você sabe o que a garota responde quando ele pergunta em checo se ela o ama? Deixe nos comentários. :)
P.S.: Você sabe o que a garota responde quando ele pergunta em checo se ela o ama? Deixe nos comentários. :)