Eu tenho que escrever sobre Moone Boy. Foi o que pensei ao
terminar de assistir o 2º episódio da 2ª temporada dessa série que vem me
fazendo gargalhar como a muito tempo não acontecia. Por mais uma ótima recomendação de uma amiga, comecei a assistir Mooney Boy.
Moone Boy é uma série irlandesa, criada, co-escrita e
co-protagonizada por Chris O’Dowd para o canal de tv britânico chamado Sky. A
série, semiautobiográfica da vida de O’Dowd foca na história de um menino
chamado Martin. Martin vive em the soil of Boyle, na Irlanda. Martin é
um garoto simpático, ingênuo e carismático, que tem um amigo imaginário chamado
Sean, interpretado por O’Dowd. Martin vive com seu pai, mãe, e mais três irmãs.
A mais nova implica com ele, a do meio curte rock, punk e semelhantes, e a mais
velha é a mais correta.
Martin, de 12 anos, não é o garoto mais popular de sua escola, mas mantém
amizade com seu fiel e divertidíssimo amigo Padraic, que merece um parágrafo
(ou dois) mais pra frente só pra ele. Mas, Padraic não é a companhia constante
de Martin, e sim Sean. Sean, a externalização da consciência (ou subconsciência
de Martin) é a companhia perfeita. Quem melhor do que seu subconsciente para te
dar moral, elevar seu espírito, te fazer companhia? Ao menos eu queria ter um(a)
amigo(a) imaginário para responder as diversas perguntas que surgem na minha
cabeça.
Martin, além de expressar-se através de seu amigo imaginário,
tbm utiliza de desenhos animados para dar vazão a sentimentos e pensamentos. E
se não aconteceu antes (em poucos minutos), foi com esse detalhe que a série me
encantou de vez, e me levou para uma nuvem seriadora onde guardo as melhores
lembranças, as melhores características, os melhores personagens, plots,
emoções... Os desenhos de Martin são ótimos, e ilustram muito bem tudo que ele
pensa. Essa característica lembra My Mad Fat Diary, série essa que dá até pra fazer
um paralelo com Moone Boy, e que você tem que assistir, caso ainda não veja!
Martin é uma criança em evolução. Aos doze anos já considera-se
um big boy. Mas Martin ainda tem muito o que aprender com a vida. Um dos
aprendizados que mais fez meus olhos brilharem de admiração foi em como ele
abordaram a puberdade de Martin. No 4º episódio Martin começa sentir-se atraído
pelas belas donzelas de peles claras e cabelos dourados dos cartoons, causando
um bombeamento de sangue em partes antes inatingíveis, if you know what I
mean... A série ainda trata sobre bullying, amadurecimento, e diversos outros
subtemas, tbm provenientes da família Moone e coadjuvantes.
Todos os plots são recheados de bom humor, inteligência, referências excelentes,
dinâmica, criatividade, um ótimo timming de comédia, excelentes atuações e
diversas outras características que embaralham minhas lembranças. A ambientação
da série se passa no meio dos anos 80 (1ª temporada) e no início dos anos 90
(2ª temporada). Isso propicia referências a clássicos tanto na música, quanto
no cinema e, na história da Irlanda e do mundo.
Moone Boy trata a inocência de um garoto sem ser tola ou boba, muito pelo
contrário, Martin é um garoto vívido, imaginativo, curioso, esperto, de bem com
a vida, de vento em popa, feliz pra burro! E eu fico assim com o mundo, digo,
ao assistir a série. Feliz!
Mas, e o Padraic? Padraic merece um TCC para fazer jus a seu
personagem. Padraic tem a maior parcela de ingenuidade mas ao mesmo é todo
espertão, cheio de tiradas excelentes! Padraic é um dos melhores sidekicks
coadjuvantes que já vi! Padraic é divertido, boa praça, engraçado, criança
viada, tem atitude, chega junto, fã de Back to the Future, luta livre, música, Dirty
Dancing... E muitas outras características fazem de Padraic um dos caras mais
fodas e hilários que eu já vi.
O personagem tem o melhor timming cômico da série, ao meu
ver. Não teve um momento sequer em que ele aparece em que eu não dei uma
gargalhada. Assim como Martin, ele tem um amigo imaginário, só que como um
amigo imaginário é o reflexo de seu progenitor, o de Padraic é badass, pronto
pra tudo, com força e determinação, assim como seu progenitor. Padraic é vida,
é humor, é criança viada sem saber, é fanboy, é um dos personagens mais
divertidos da minha watchlist. Fico contente que o personagem dele vem ganhando
mais tempo de tela.
Mas, por mais que eu adore Padraic, Martin ainda é o líder dessa série. As
descobertas e momentos de rebeldia de Martin caracterizam muito bem o
comportamento de uma criança, bem no comecinho de sua transição para a
adolescência.
São 6 episódios de 20 minutos cada na 1ª temporada, e até então, 2 episódios da
segunda temporada para te fazer feliz e dar boas gargalhadas. A série tem tudo
para durar o tempo necessário para ser fantástica. Na Wikipedia tem a notícia
que a terceira temporada já está confirmada! Confira! Se não curtir volta aqui
e me xinga, I dare you!