sábado, 18 de outubro de 2014

O Doador de Memórias (2014)

CONTÉM SPOILERS


Ual. Estou surpreso. Nós, humanos, vivemos no equilíbrio do bom e do ruim. A vida é composta pelos extremos. Na minha inexperiência, só vivemos quando reconhecemos a existência dos extremos e algumas das inúmeras variáveis que existem em cada extremo. Ninguém falou que viver é bom, e tbm ninguém falou que viver é ruim, ou falou e eu não ouvi? Viver, apenas, é. Vc deve determinar sua vida, e qualquer coisa diferente disso não me parece vivo. Minha duas dicas são, saiba o máximo que puder, e siga dicas se vc quiser.

Refletir sobre o que é viver. Essa é reflexão que o filme me proporcionou. A sociedade de Jonas é funcional? É, enxergar problemas é um exercício individual e que evolui para o coletivo. Jonas a viu como errada, a personagem de Maryl Streep, não. E eu, como vi? Vi como uma sociedade que desistiu de tentar e impede que os novatos tentem. Essa segunda parte não me é justa. Entendi que, em certo momento antes da criação dessa sociedade, os humanos reconheceram que não conseguiriam obter igualdade para todos, mas como todo bom ser humano que tem esperança, conservaram ao menos um para que um dia pudessem restabelecer o que de bom tem em viver. Não vou ser babaca em dizer que eles não estavam vivendo pois é um conceito individual. Mas, não estavam. #troll

Mas não fica só por isso. Dá pra entender que a sociedade de Jonas é apenas um caso no Universo. 

E essa valorização das cores, em? E a montagem com imagens da nossa realidade, em? Eu me emocionava com as montagens. Restabelecia minha fé na humanidade. Adorei que usaram as cores como ferramenta narrativa.

Tem momentos onde eu achava o roteiro incoerente, mas não fiz questão de ser cri-cri e relevei para dar espaço a reflexão. Não sei o quão longe vai essa ficção, mas fiquei bastante interessado. Vi que são quatro livros deste universo, e estou ansioso para conferir mais adaptações no cinema.

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Editado dia 19/10/2014

Acabei de terminar de ler o livro, que tinha começado na noite de ontem. 192 páginas fluem bem na leitura. Analisando agora como adaptação, foi bem adaptado. Enquanto lia, as imagens que visualizava na minha mente foram as mesmas do filme, ou seja, fizeram sentido. Alguns eventos do filme são diferentes do livro, mas nada que altere drasticamente o rumo da história. Gostei bastante do livro após ter visto o filme, não sei se diria o mesmo do contrário. A essência dos dois é a mesma, é uma bela essência.