Fumaça e nitrogênio, como pode?
Chegou ao fim mais uma temporada de MasterChef Junior. Assim como na anterior tivemos mais crianças talentosas que fazem pratos impressionantes para sua idade. Eu, mais velho, não conseguiria atingir o nível de qualidade e originalidade que aqueles jovens competidores atingem semanalmente e com o tempo que tem.
Nessa temporada eles deram 16 oportunidades, 4 oportunidades a mais do que na temporada passada, e continuaram com a eliminação em duplas, o que eu acho bacana pois a criança não sai sozinha e a temporada não dura tanto, abrindo novas oportunidades para a próxima.
Como o narrador do show disse, Samuel sempre foi um front runner, e com louvor. Sempre cozinhou e apresentou seus pratos muito bem, e creio que posso dizer o mesmo de Logan. Samuel teve uma trajetória constante e desde cedo achei que ele estaria na final. Primeiro pela constante qualidade, e segundo por sua idade. Convenhamos, os candidatos mais novos também são excelentes, mas levam a desvantagem de serem, novos. Mas creio que ainda veremos um prodígio com menos de 10 anos levar o show no bolso. Pode anotar!
Peço agora licença para dizer que não estudo gastronomia e fazer um paralelo com MasterChef Brasil – Adult Edition. Vejo uma enorme diferença de qualidade entre os participantes. Acredito que qualquer criança ali venceria um candidato do MasterChef Brasil. Estou exagerando? As crianças quase não reclamam, quase não esquecem ingredientes no mercado, são criativas na combinação de ingredientes, e apresentam um prato lindo em todo episódio. E não irei entrar na diferença do valor de produção e edição entre os shows, mas que ela existe, existe e é notável. MasterChef US é superior e não tem Ana Paula como host.
Eles tiveram uma hora para preparar pratos excelentes e complexos, enquanto no MasterChef Brasil as finalistas tiveram 2 horas para a apresentarem a mesa quantidade de comida e com uma apresentação inferior. Como pode? Ok, desabafei.
É chover no molhado dizer que os pratos estavam lindos e surpreendes, mas o que me impressionou foi uso de nitrogênio e fumaça, e claro, ver Joe desmontando o peixe de Logan. Muito fancy.
Samuel não ganhou a competição, e foi legal ver que ele não é um mal perdedor, cheio de mimimi, afinal, seria compreensível se ele tivesse um ataque de pelancas, ele ainda é uma criança, quase um pré-adolescente.
O vencedor foi Logan e estou contente. Mais temporadas de MasterChef Junior serão sempre bem vindas, duvido que chegará o dia onde eu não me surpreenda com o que essas crianças são capazes de criar.
P.S.: O sorriso de Logan me lembra Martha Plimpton, que conheci como Virgina, em Raising Hope, série que merece ser conferida.
