CONTÉM SPOILERS
Satisfação. Esse foi meu sentimento ao sair do cinema. Com os primeiros trailers estava crente que o filme iria explodir minha cabeça. Infelizmente não aconteceu, mas isso não me abalou.
Comprei toda a história de formação do herói, mas vale dizer que não acompanhei o Superman dos quadrinhos, logo, não consigo avaliar a adaptação. Mas o filme não é só elogios. Os flashbacks, pra mim, funcionaram, mas fiquei com uma sensação de que não fluiu tão bem. Como um amigo disse... "A cronologia me pareceu confusa." E tenho que concordar em certo ponto dessa afirmação. Só que, mais uma vez, isso não me abalou.
Gostei muito da interação do Cavil com a lindinha da Amy Adams. Vi química. Como assisti dublado - vale ressaltar que comprei ingresso para uma sessão de pré-estreia legendada - gostei da dublagem, mas o querido Guilherme Briggs podia ter pesado mais a voz, uma voz mais grave. Achei a dublagem do Superman muito leve, muito mansa. Mas há momentos de mais tensão em que Cavil-Briggs emociona. Dá pra relevar a leveza na voz pelo o fato do herói estar em começo de carreira e ainda não ser um puta líder cheio das responsabilidades.
Mesmo com essa observação na voz, fiquei com a sensação de que o herói falou muito pouco. Me pareceu (pretendo rever essa sensação) que quando falava, a história ia evoluir. Quem proporciona os melhores diálogos é Jonathan Kent, personagem de Kevin Costner. Uma das cenas, que já apareciam no trailer, mostrava Jonathan dizendo a Clark que talvez ele devia ter deixado eles morrerem. Já nessa frase dá pra ter uma noção do que Jonathan seria capaz de fazer por Clark.
Gostei muito das fases de crescimento do Clark. Principalmente em sua adolescência, lá pelos 19, 20 anos (aparentemente), onde Cavil faz um ótimo trabalho. É nessa idade que ele testemunha a morte do pai. Dá pra compreender a cena do sacrifício de Jonathan, mas vamos combinar que dava pra pensar em uma alternativa melhor, né Sr. Kent? Mas a intenção do personagem vale o sacríficio. ='/
Voltando a Cavil... Não há uma atuação dramática, exceto pela cena onde ele tenta impedir Zod de matar uma família. O grito de dor é tocante. No mais ele vende bem o Superman. Um rosto difícil de imaginar para o papel, e torso difícil de acreditar não ser escupido pelos melhores cirurgiões plásticos. Gostei do Cavil como Superman.
3D. É raro sair da minha boca a sentença: "Quero assisti-lo em 3D." Com Superman não aconteceu. Fui "obrigado" a assistir em 3D. Era a única opção. O que é uma sacanagem. Por que não ter o filme em 2D? A redes de cinema são tão capitalistas assim? Alguém me explica o porque de pré-estreias serem sempre em 3D. Fui na pré-estreia de Homem de Ferro 3, Star Trek - Além da escuridão, e agora Homem de Aço, e tudo em 3D! Meu dinheiro não dá em árvore, colega! Logo... Achei o 3D do filme dispensável.
Mais alguma coisa antes de falarmos da porradaria? Deixe-me ver... Não ficou claro pra mim como ele descobriu a nave batedora de Krypton nas geleiras, se existe significado nas cores do uniforme (vermelho e um tom de azul) e como ele tirou a barba. Acho que é isso...
As cenas de ação... São lindas. Confusas, rápidas, e lindas. As lutas no ar são especiais (suspiros). A batalha final entre Superman e Zod é especial. Que filmagem monstruosa. Que destruição fantástica. Que confusão visual maravilhosa. Pensei sobre essa confusão e achei que foi necessária. Imagine-se tentando acompanhar aquela batalha a olho nu. Acho bem improvável de conseguir. Se a intenção do diretor era passar a ideia de que seria muito dificil acompanhar a batalha, ele conseguiu. Pois só revendo possa ser possível apreciar tudo o que acontece ali. E por falar em rever... A cada palavra deste texto a vontade de rever aumenta. Isso é ponto positivo pro filme. Viu? Homem de Ferro 3... ¬¬
A trilha sonora não ficou tão icônica quanto a de John Williams (Star Wars, Jurassic Park, Jaws, Indiana Jones, E.T.). O filme tem uma pegada diferente, afinal, são outros tempos. Hoje os heróis estão "sérios", o que não é tão mau. A nova trilha, agora feita por Hans Zimmer (Inception, Sherlock Holmes, The Dark Knight, O Rei Leão), é lenta, mas crescente, e quando pega ritmo é excelente e dá vontade de erguer os braços pra cima e voar. Gostei.
O personagem não está pra pronto pra liderar, logo, uma sequência é bem-vinda e necessária.
"Avante", Liga da Justiça!
P.S.: Percebi que o filme estava dublado uns 5 minutos depois de ter começado. Não quis correr atrás da legenda porque a dublagem não foi brochante o suficiente e eram nove horas da noite... Não ia ter saco de voltar no sábado no mesmo horário. Além do mais, queria ver o trabalho do Briggs. A rede Cineart deu uma mancada feia! Dá próxima vez vou ter certeza que estará legendado.
