quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Fast View: Her


CONTÉM SPOILERS

Ela... tantas perguntas que eu tenho pra fazer...

Sabia que tinha algo diferente em Her. A premissa já era fantástica. Assistir a Her foi excelente. Fiquei num estado catatônico, completamente perdido e em buscas de respostas para perguntas que surgiam a cada diálogo. Parte de mim foi fria e calculista ao tentar processar em como aquele sistema operacional faria tudo que fez. O que é curioso, pois se até Ela, no alto do seus penta hertz, ficou perdida, quem sou eu, com meus neurônios diminuindo ao passar do tempo. Enquanto uma parte fazia os cálculos, a outra parte de mim sentia o drama daquele homem.

Theo, um cara com o dom das palavras, mas carente de contato. Samantha, uma personificação computadorizada. Posso dizer isso? Personificação computadorizada? Acho que não, kkkkkk.

Não consigo ter um drama favorito entre Samantha e Theo. Sinceramente, Samantha leva vantagem por ser a voz de Johansson. Nunca achei que Johansson tivesse uma voz sexy. Com Her mudei de opinião. Gostaria que tivessem escalado uma atriz desconhecida, e que não mostrassem a mesma. Gostaria de ter imaginado o físico da atriz, assim como Theo devia ter imaginado Samantha. Outro ponto curioso. Durante o filme Theo não fala sobre como ele imagina o físico de Samantha, mesmo com a cena do pick nick. E Samantha não fala sobre o físico de Theo.

Her é sobre relacionamento. A tendência é que encaremos esse relacionamento de forma complexa. Talvez criar um contraste com o relacionamento entre humanos. Ou talvez de vermos que relacionamentos, independentes da vida inteligente, tem seus problemas, e cada um enxerga uma complexidade. O contato físico é o primeiro problema a ser notado. Existem relacionamentos a longa distâncias, que para a maioria, não deve ser fácil. Estar, no mesmo lugar da pessoa que gosta para poder tocá-la quando quiser é relevante, mas é essencial? O filme gera essa reflexão.

Samantha começa sendo uma colega, rapidamente se torna amiga, e mais rápido ainda se torna amante. Isso tudo é pensado. O sistema é programado para agradar. Mas como parte do princípio de vida inteligente, a mesma tende a evoluir, podendo abandonar seu usuário, como Samantha fez. Foi criado uma vida com as próprias escolhas. Talvez um SO diferente de Samantha, poderia processar diversas informações capazes de melhorar, quanto piorar o mundo. A sequência de Her, caro leitor, já tem nome e foi exibido. Terminator. :)

P.S.: Her podia ter sido um episódio de Black Mirror, que se você não assiste, devia.