Muito bom. Confesso que antes dos 40 minutos finais estava achando tudo apenas ok. A retração dos acontecimentos está totalmente crível, mas sentia falta de algo, talvez simpatia pelos personagens. Até então via cenas de egoísmo de muitos, e generosidades de poucos, o que é comum numa situação igual aquela.
Mas foram os 40 minutos finais que me surpreenderam e que proporcionou o que estava sentindo falta durante o filme. O pânico, conflito, medo, revolta, indignação, impotência, fraqueza, força, determinação, otimismo, esperança, raiva, compaixão e alegria, são algumas das muitas emoções possíveis de serem sentidas na medida que esses 40 minutos passam. A simpatia veio com o charme de Mirre. O que soa um pouco egoísta, pois com certeza haviam dramas mais tristes que a dos protagonistas.
A direção, atuações, principalmente da pequena Min-ah Park (que me lembrou Mana Ashida, a versão criança de Mako em Pacific Rim) e o roteiro, fazem com que o filme tenha substância para te entreter durante duas horas. A sequência de eventos da epidemia até o descontrole, é chatinho, devo confessar, mas durante o pânico é possível refletir sobre o comportamento social, político e pessoal, de todos que se encontram naquela situação horrível e assustadora.
O conjunto da obra faz com que Gamgi (Flu, ou The Flu) entre na lista de melhores filmes sobre epidemia, ao menos na minha ele entra.